Sabe aqueles dias difíceis que
você não quer ver nem ouvir ninguém, mas que por questões de obrigações você
precisa sorrir, dá bom dia, e ainda dizer que esta bem, mesmo não estando. Vou
nem comentar sobre ir trabalhar como se não tivesse uma tempestade no seu peito
desde que saiu da cama.
Carrega o dia nas costas,
em passos de tartaruga, já que a hora custa a passar. Tudo é injusto nesse dia.
Põe aquele CD novo, que não carrega nenhuma lembrança, tentando acalmar os ânimos.
Tentativa inútil, a música conta sua história. Quer morrer. “Calma, não
desista agora”, diz seu subconsciente. Pelo menos ainda tem um, poderia ser
pior (eu e minha posivitivade absurda).
Eu sou uma estranha, yes,
vou vivendo e levando isso comigo. Internalizando tudo. Não quero ninguém tentando
entender algo que às vezes nem eu mesma entendo. Essas minhas crises existências
fazem parte de mim, meio que um auto-conhecimento. Talvez até chore, meu travesseiro já
sabe como é. Passo a noite num temporal, que no dia seguinte nem sempre tem sol.
Porém, levo a esperança de que os meus melhores dias estão por vir.
Faço minha prece. Prece pro
meu Deus interior. A vida é dura pra todo mundo, cada um tem sua maneira de
superar as dificuldades e as dores internas. Hoje em meus dias nublados eu só
queria um colo. O colo. Não vou dizer que é injustiça não te-lo, prefiro
afirmar que é assim porque tem que ser. Saberemos o propósito disso tudo no
amanhã. Deixa doer. Machucar. Um dia a primavera chega. O mês de setembro
também.